A inconsistência mental foi um conceito com o qual deparei noutro dia... não me foi apresentado por ninguém, fui eu que o criei e o imaginei de fio a pavio. Como se de qualquer teoria aprendida nas aulas de filosofia.
Imaginei-O então como um bichinho carpinteiro que nos vai corroendo as raízes, e retirando a sua força. Por exemplo aquilo que achamos certo, surge meio turvo e talvez meio certo. As nossas convicções ficam assim meio que esbatidas...como se de uma aguarela desbotada se tratassem.
Passamos então a ter raízes corroídas em forma de ponto de interrogação... questionamos tudo..e a dúvida paira, até na hora de escolher se a sandes do pequeno-almoço é de queijo ou de fiambre.
O medo apodera-se do local do nosso cérebro que toma decisões. Ou seja decidir passa a ser visto como um martírio...e não uma forma natural de evoluir na vida.
A inconsistência mental provoca então uma imagem social de "atrofio agudo". Pessoas repletas de dúvidas, pensamentos, analises, complicações e coisas que tais.
Será saudável pensar tanto?Talvez o saudável seja não pensar de todo... porque o pensar por vezes pode nem alterar nada.
Não sei...tenho dúvidas. Analiso, complico...e não chego a conclusão alguma, como seria de esperar.
Numa peça que vi este fim de semana cujo o texto era de Fernando Pessoa havia uma passagem que dizia algo parecido com isto. Que quanto mais pensamos, mais analisamos, mais complicamos...e mais longe estamos de uma conclusão.
Apenas me permito concluir uma coisa...
"Pensar incomoda como andar à chuva
Quando o vento cresce e parece que chove mais."
Alberto CaeiroMas paro de pensar? Não. Paro sim, mas para pensar.
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