quarta-feira, 26 de julho de 2006

Mudar?



«Through the alleyways to cool off in the shadows
then into the street following the water
there's a bearded man paddling in his canoe
looks as if he has come all the way from the cayman islands
these canals, it seems, they all go in circles
places look the same, and we're the only difference
the wind is in your hair, it's covering my view
I'm holding on to you, on a bike we've hired until tomorrow
if only they could see, if only they had been here
they would understand, how someone could have chosen
to go the length I've gone, to spend just one day riding
holding on to you, I never thought it would be this clear
»

Kings of Convenience - Cayman Island

Tenho saudades das Ilhas Caimão...Nunca lá fui, mas tenho saudades.
Como se pode ter saudades de algo que não se conhece?
Saudades do que não se tem, nem teve...é engraçado!
O ser humano é realmente um bichinho complicado.

segunda-feira, 17 de julho de 2006

Deixem-se levar daqui para um Ali distante...

Fazendo uma analogia entre pintura e música pode-se mesmo dizer que criar uma música é pintar uma tela.
A tela tem o tamanho que queremos, as pinceladas que a preenchem são mais ou menos intensas, as cores variam. As sombras deixam espaço ao mistério do que se poderá esconder por lá. Os relevos dão vida. Numa tela a nossa imaginação viaja, o nosso corpo sai daqui e voa para outro sitio levando com ele a nossa alma, os nossos olhos. E muitas vezes entramos na tela, percorremos os seus caminhos, as suas sombras...Telas há, que são tão complexas que nos enchem tanto os olhos que doi, fazem chorar, completam a visão de tal maneira que parece não haver mais espaço para ver.
A música é igual. Um som pode levar uma pessoa para longe daqui. Muitos sons em conjunto fazem com que o nosso Eu seja levado para outras paragens. Músicas há, que tal como as telas, nos preenchem tanto que nesse momento parece não haver espaço para mais nada. Não existe espaço para mais um som, para mais um pensamento, para mais nada.
O que diferencia uma Música de uma música, é apenas o sentimento que ela provoca no Eu. E com a educação que vamos dando ao Eu, faz com que uma Música hoje, pode ser uma música amanhã.
Oiçam Música, apreenciem Telas, leiam Livros. Deixem-se levar daqui para um Ali distante...

quinta-feira, 13 de julho de 2006

Wake Up

Nem quis arranjar...foi só copiar. O título...WAKE UP. Uma boa música...

"Somethin’ filled up my heart with nothin’,someone told me not to cry.
But now that I’m older,my heart’s colder,and I can see that it’s a lie.
Children wake up,hold your mistake up,before they turn the summer into dust.
If the children don’t grow up,our bodies get bigger but our hearts get torn up.We’re just a million little god’s causin rain stormsTurnin’ every good thing to rust.
I guess we’ll just have to adjust.
With my lighnin’ bolts a glowin’I can see where I am goin’ to bewhen the reaper he reaches and touches my hand.
With my lighnin’ bolts a glowin’I can see where I am goin’With my lighnin’ bolts a glowin’I can see where I am go-goin’
You better look out below!"

Arcade Fire

Bater com os punhos na mesa...

Sempre tive uma dificuldade enorme em fazer aquilo a que se chama: Bater com os punhos na mesa. E digo desde já que é tal e qual como eu pensava. Batemos com os punhos na mesa, dizemos o que nos vai na alma, no coração. E depois sentimos uma leveza.
Deixamos sair tudo...parece que abrimos um canal directo do coração para a boca.
Depois vem a sensação de dever cumprido. Isso não quer dizer que se traduza em felicidade, mas traduz-se em sensação de equilibrio. Abrir o coração ao mundo faz com que no dia seguinte a ansiedade diminua e que tudo pareça mais simples. Mais cizento também...
Tomar decisões nunca foi o meu forte, sou comodista. Se me sinto confortável, não vejo o porquê de mudar. Conformo-me com aquilo que a vida me dá de bom. É estranho realmente, o pouco às vezes ser suficiente, mas se assim o sinto , ou sentia, não quero e evitava pensar pensar nisso.
Agora que pensei e a fundo, decidi. Dói-me o peito...mas vai passar, (quero acreditar nisso).

quarta-feira, 12 de julho de 2006

Hoje

Hoje só um pensamento me vem à cabeça:
"Pescadinha de rabo na boca..."

segunda-feira, 10 de julho de 2006

Tudo é fácil quando

Tudo é fácil quando olhamos com o coração sossegado e cheio de sorrisos.
Quando olhamos com a inocência com que viemos ao mundo.
É bom sentir leveza...sentir que nada pesa na consciência, deitar a cabeça na almofada e dormir. Não entendo como é que existem pessoas que de noite ao fecharem os olhos não sentem o peso de ter feito alguém chorar. Eles que não olham com inocência para nada nem para ninguém. Tenho pena, e por isso é que nós, os "das flores", acabamos por aceitar as "desculpas".

"Tudo é fácil quando se está brincando com a flor entre os dedos
quando se olham nos olhos as crianças,
quando se visita no leito o amor convalescente.
É bom ser flor, criança, ou ser doente.
Tudo são terras donde brotam esperanças,
pétalas, tranças,
a porta do hospital aberta à nossa frente.
Desde que nasci que todos me enganam,
em casa, na rua, na escola, no emprego, na igreja, no quartel
com fogos de artifício e fatias de pão besuntadas com mel
E o mais grave é que não me enganam com erros nem com falsidades
mas com profundas, autênticas verdades.
E é tudo tão simples quando se rola a flor entre entre os dedos
Os estadistas não sabem,
mas nós, os das flores, para quem os caminhos do sonho não guardam segredos,
sabemos isso e todas as coisas mais que nos livros não cabem
"


António Gedeão

quarta-feira, 5 de julho de 2006

Nem tudo...

Nem tudo o que temos nos pertence.
Nem tudo o que temos é verdadeiro.
Há coisas que vão e voltam...outras não. Quando não voltam é porque nunca foram verdadeiras... Porque já dizia o ditado: "Um bom filho à casa torna!".
O que nos aquece o coração são as coisas que ainda temos como verdadeiras, e que pedimos todos os dias para que estejam lá para sempre.
Mesmo que o sempre seja raro.Mesmo que o sempre seja quase nunca.
Desde que esse sempre seja veradeiro e feliz, o coração fica sossegado.